Prática regular de exercícios e mudanças no hábito alimentar promovem a diminuição da obesidade e evitam tumores malignos
A atividade física feita com regularidade é fundamental para a saúde e pode ser de grande valor como coadjuvante no tratamento e prevenção do câncer, em especial no intestino, endométrio e na mama, na pós-menopausa. “Acredita-se que ative o sistema imunológico, estimulando a produção de interleucina e estrogênio. Além disso, a mudança no hábito alimentar, muitas vezes decorrente da prática de exercícios, diminui a obesidade e, como sabemos, o excesso de peso é o segundo maior fator de risco evitável para tumores malignos”, comenta a doutora Karina Hatano, médica do exercício e do esporte.
O próprio Inca – Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva – afirma a importância de manter atividades físicas como parte da rotina, começando por aquelas que dão mais prazer. Acredita-se que, quanto mais se movimenta o corpo, maior a proteção contra o câncer.
Caminhar ou ir de bicicleta para o trabalho, subir pelas escadas em vez de usar os elevadores, descer do ônibus um ou dois pontos antes são algumas das opções. Sair do sedentarismo promove o equilíbrio dos níveis de hormônios, reduz o tempo de trânsito gastrointestinal, fortalece as defesas do corpo e ajuda a manter o peso corporal adequado, segundo afirma site do Instituto.
Pesquisas científicas também sugerem que o exercício físico moderado permite que se passe pela fase de tratamento com maior qualidade de vida. “Como melhora o funcionamento do organismo, a atividade pode diminuir a sensação de fadiga causada pela quimioterapia e a ansiedade, bem como elevar a autoestima e auxiliar a recuperação metabólica e neuromuscular”, explica a médica. “Além disso, colabora para preservar a composição corporal adequada, aumentar a massa magra e manter o bom funcionamento do coração”, completa.
Contudo, a especialista explica que é fundamental o acompanhamento e liberação prévia do médico. “O oncologista é quem irá avaliar se os exercícios são ou não recomendados, de acordo com o estado de saúde de cada um. Se, por exemplo, o paciente tiver náuseas ou ainda apresentar alguns sintomas da doença recomenda-se evitar a atividade”, alerta Karina.
Sobre a Dra. Karina Hatano
Karina Hatano é médica do exercício e do esporte, mestre em Medicina Esportiva pela Universidade Federal de São Paulo, onde também realizou a Residência Médica em Medicina do Esporte, além de acumular especialização em fisiologia do exercício e nutrologia. Preceptora da Medicina Esportiva da Universidade Federal de São Paulo e professora da Liga de medicina esportiva da UNIFESP, também é responsável pela saúde de atletas de alta performance de diversas modalidades esportivas, como da seleção brasileira de natação e das confederações brasileiras de beisebol e softbol.